segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um dia vulgar

Num dia como hoje, o olhar esquece que é visto e demora-se nas Fachadas de todas as Outras casas.
Num dia como hoje, há uma imagem vazia no forro da Consciência.
Num dia como hoje, uma mão Antiga, amiga, já cansada de esperar, toca de Leve no ombro, e lembra que há que andar.
Num dia como hoje, volta-se então a cabeça, muito, muito Devagar. A boca fria e imóvel, não lhe apetece falar.
Num dia como hoje, só os olhos se sorriem e Agasalham a esperança que tudo há-de mudar.
Num dia como hoje, aceita-se a tal mão amiga, deixa-se de olhar as fachadas, vai-se devagar Rua acima,
...porque é um dia vulgar.

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