Estava quase a deixar a parte da igreja ocupada pelos bancos e a aproximar-se já do espaço livre que lhe faltava percorrer para atingir a saída, quando, pela primeira vez , ouviu a voz do padre. Era uma voz poderosa, educada. Como ela ressoou então pela catedral pronta a recebê-la! Não eram os fiéis que o padre chamava, as palavras eram inequívocas e não admitiam subterfúgios, o padre chamara: Josef K!
(...)
_ És Josef K_ disse o padre , levantando a mão por cima do parapeito num gesto vago.
_ Sim_ volveu K...
_ És acusado...
Franz Kafka, O Processo
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