Mary Stuart, peça emblemática do chamado “teatro essencial”, reduz os meios cénicos a uma simples cadeira sem história e vive quase exclusivamente dos recursos da actriz Denise Stoklos: do seu corpo, da sua voz e das suas palavras.
O tema é conhecido: a tragédia do poder na história humana , qualquer que seja o tempo histórico e o lugar. Mas existe muito mais em Maria da Escócia, como afirma a própria actriz:
“Ela viveu 44 anos: 22 anos em liberdade e 22 anos em prisão. Vejo isso como uma metáfora: vivemos metade da nossa vida em liberdade, mas na outra metade estamos obrigados a cumprir expectativas, a seguir convenções sociais.”
Foi assim, o mais dialógico dos solilóquios "do monólogo, coisa pública" !
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