"Alice in Wonderland" é um bom filme. Mas depois de Eduardo Mãos de Tesoura dificilmente Tim Burton se superará. Em breves lampejos vemos um pouco de Charlie e a Fábrica de Chocolates, um pouco das Heroínas pálidas e o que melhor traduz a imaginação do cineasta: o Chapeleiro Maluco_ isto não porque Burton o tivesse transformado, mas porque era já burtoniano na imaginação de Lewis Carroll. De facto, o presbítero vitoriano, que tem congregado à sua volta tantos psicanalistas e académicos para o esmiuçar, trancou de tal forma os seus personagens que não há versão que os altere… nem a estranheza de Burton rivaliza com a estranheza ardilosa de Charles Dodgson.
A única mágoa que podemos exprimir é que o filme caíu nas malhas de Dodgson e que confinou uma hitória de enorme potencial polissémico a uma fábula maniqueísta, a uma luta entre o bem e o mal, tão claro nessa Alice final, um hibrido de Cavaleiro, Joana D’Arc, S. Jorge. Quase Bíblico!
Que se desiluda quem pensa viajar à UNDERBURTONLAND porque revisitará apenas, e uma vez mais, a WONDERCARROLLAND.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Alice In Wonderland - The Mad Hatter!
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