quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Roll the dice
if you’re going to try, go all the way.
otherwise, don’t even start.
if you’re going to try, go all the way.
this could mean losing girlfriends,
wives, relatives, jobs and
maybe your mind.
go all the way.
it could mean not eating for 3 or 4 days.
it could mean freezing on a
park bench.
it could mean jail,
it could mean derision,
mockery,
isolation.
isolation is the gift,
all the others are a test of your endurance,
of how much you really want to
do it.
and you’ll do it
despite rejection and the worst odds
and it will be better than
anything else
you can imagine.
if you’re going to try, go all the way.
there is no other feeling like that.
you will be alone with the gods
and the nights will flame with
fire.
do it, do it, do it.
do it.
Charles Bukowski, Roll the dice
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Finalmente...o mundo descobriu Clarice Lispector!
Dá-me
a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
– nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector, Dá-me a tua mão
a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
– nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector, Dá-me a tua mão
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O que se ouve por aí...
Pessoa inventou saídas de portas pintadas em paredes de coisa nenhuma ... disse-o Eduardo Lourenço.
domingo, 19 de setembro de 2010
Manucure, Serradura, Recreio, Quase...
Coimbra, 2010
No Centro Cultural D.Dinis, Adriana Campos, Mariana Nunes e Leonor Barata disseram com a voz e com o corpo Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa. Disseram assim:
A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.
E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No infindável sofá
Da minha Alma estofada.
Pois é assim: a minha Alma
Outrora a sonhar de Rússias,
Espapaçou-se de calma,
E hoje sonha só pelúcias
Mário de Sá Carneiro, Serradura
No Centro Cultural D.Dinis, Adriana Campos, Mariana Nunes e Leonor Barata disseram com a voz e com o corpo Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa. Disseram assim:
A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.
E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No infindável sofá
Da minha Alma estofada.
Pois é assim: a minha Alma
Outrora a sonhar de Rússias,
Espapaçou-se de calma,
E hoje sonha só pelúcias
Mário de Sá Carneiro, Serradura
sábado, 18 de setembro de 2010
MULHER MUNDO
“Há duas naturezas diferentes a lutar dentro de mim. Uma é a mulher… a outra o ser humano. É um conflito doloroso. Tenho que tomar uma decisão, escolher uma ou outra. Sei que terei de sufocar a mulher, mas muitas vezes é impossível.” (Nina Lugovskaia, Eu quero viver )
Ontem no TCSB - Escola da Noite, MULHER MIM , por Rafaela Santos, porque o teatro é uma luz na Noite Pálida de Coimbra e porque as mulheres continuam a espantar-se com o facto de serem mulheres.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Noites Brancas
Foto: Escola da Noite
Noites Brancas de Dostoiévski, pelo Chão Concreto, ontem no TCSB: um "ensaio sobre a solidão" ou um "solilóquio dialogante" lê-se no texto de apresentação. Gostei! Gostei sobretudo da dramaturgia de uma certa "incomunicabilidade" e que é, afinal, a raíz do solipsismo de todos os Sonhadores!
Noites Brancas de Dostoiévski, pelo Chão Concreto, ontem no TCSB: um "ensaio sobre a solidão" ou um "solilóquio dialogante" lê-se no texto de apresentação. Gostei! Gostei sobretudo da dramaturgia de uma certa "incomunicabilidade" e que é, afinal, a raíz do solipsismo de todos os Sonhadores!
Style
Style is the answer to everything.
A fresh way to approach a dull or dangerous thing
To do a dull thing with style is preferable to doing a dangerous thing without it
To do a dangerous thing with style is what I call art
Bullfighting can be an art
Boxing can be an art
Loving can be an art
Opening a can of sardines can be an art
Not many have style
Not many can keep style
I have seen dogs with more style than men,
although not many dogs have style.
Cats have it with abundance.
When Hemingway put his brains to the wall with a shotgun,
that was style.
Or sometimes people give you style
Joan of Arc had style
John the Baptist
Jesus
Socrates
Caesar
García Lorca.
...
Charles Bukowski
A fresh way to approach a dull or dangerous thing
To do a dull thing with style is preferable to doing a dangerous thing without it
To do a dangerous thing with style is what I call art
Bullfighting can be an art
Boxing can be an art
Loving can be an art
Opening a can of sardines can be an art
Not many have style
Not many can keep style
I have seen dogs with more style than men,
although not many dogs have style.
Cats have it with abundance.
When Hemingway put his brains to the wall with a shotgun,
that was style.
Or sometimes people give you style
Joan of Arc had style
John the Baptist
Jesus
Socrates
Caesar
García Lorca.
...
Charles Bukowski
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Leituras cruzadas
"Foi aí, de repente, que me chegou a resposta à minha angustiante dúvida: o que eu sou é o que faço da vida que me é dada, apesar dela, ignorando o que ela é; entre mim e o mistério de tudo não há ninguém...Em vez de virar para a direita, virei para a esquerda: para a saída que me levaria directamente à estrada que passa pela minha terra. A vontade é mais poderosa do que o destino. Deve ser assim. Tem de ser assim. "
Pedro Paixão, imagens proibidas
Pedro Paixão, imagens proibidas
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